quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Carta aos colegas motoristas

Caros colegas, estou mandando um recado de final de ano. Vou completar em janeiro 20 anos sem sofrer acidente de trânsito com gravidade. O único acidente foi uma leve batida no carro do repórter celular. Quebrou uma lanterna. O 05 é uma belezinha que há dois anos dirijo com todo cuidado. Tem 20 mil km rodados, cheiro de novo e nunca foi a oficina para trocar peças. Apenas troco o óleo de 5 em 5 mil km rodados. Minha moto tem 2 anos, 5 mil km rodados, também nunca foi a uma oficina, nem ao menos trocou o kit.
Todos os dias qundo saio da garagem da Tv estou preparado para a guerra. Mais uma guerra no trânsito. Para facilitar minha vida decorei todos os pontos críticos da cidade. Cada rua e avenida, onde o perigo é mais constante. Sei até onde os condutores furam o sinal e avançam a preferencial. Dirijo por mim e pelo outros. Sempre atento aos mínimos detalhes, como uma águia voando alto e vendo tudo lá de cima. AH, esqueci de lembrar a voces que sou habilitado há 32 anos. Minha primeira carteira de habilitação não precisou de testes, simplesmente o examinador disse, voce está aprovado. Isso lá pelos idos de 1977. Minha primeira moto foi uma cinquentinha, quando tinha 13 anos. Meu primeiro carro foi um fusca 1 9 75. Vermelho, com rodão, rack e som com toca fitas. Namorei muito dentro dele. Tinha descarga cadron e as mães abençoavam as meninas quando saiam para as festas assim: Deus ti livre minha filha do repoter Armando Carvalho. Minha namorada conhecia o barulho dele a quilometros. Dirigir em Santarém não é tão dificil, mas precisa ter atenção especial. Precisa levar no braço. Sei que acidentes acontecem, mas quero quebrar o record de 20 anos sem acidente. por isso, de hoje até o fim do ano, vou dirigir no braço.

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