quinta-feira, 11 de março de 2010

O rádio é meu fraco, meu amor, minha vida...

Fiquei alguns dias sem escrever. Não, não ouve qualquer problema. Estive bem. Visitei vários lugares, mas simplesmente me deu uma preguiça de escrever. Chegava na frente do computador, ficava olhando e desistia. Foi um branco na mente. Escrever não é uma brincadeira, como foi no ano passado. Este ano estou mais cauteloso quanto a fala e escrita. Não sei se estou amadurecendo ou é uma fase da vida. Mais uma na minha vida de mais de meio século. Já cheguei a desistir da comunicação. Foram duas fases na minha vida. Trabalhei num colégio em Manaus. Fui Policial Civil e há 15 anos, fui padeiro. Mas acabei voltando para o rádio. A forma de fazer rádio com naturalidade, sem forçar a situação, sem pressionar, sem se deixar empolgar, sempre foi meu fraco. E olha que já passei por todos os setores do rádio. Fui apresentador de Programa, Noticiarista, locutor esportivo, editor e produtor e ultimamente repórter. Essa fase atual é uma das mais interessantes, mas também gosto muito de fazer programas de auditório, coisa antiga, do passado. Tive uma uma fase de programas ao vivo dos bairros. Contato direto com a comunidade. Participação ao vivo, com distribuição de brindes. Quando você faz muita coisa, acaba não fazendo bem nenhuma. Estou mais ligado agora ao jornalismo imediato. Aquela dinâmica do rádio. A TV é lenta, demorada, dá muito trabalho para produzir e agente fica muito exposto. O rádio é mais oculto. É a voz, o imaginário do ouvinte. Voce acaba ficando íntimo da casa do ouvinte. Quase um parente. As pessoas fazem idéias sobre voce, sua vida e sua família. Conhecem seus filhos, mulher e modo de vida. Mas não sabem quem voce é; Eu gosto disso. Andar na rua, sem ser reconhecido. Discreto. Podendo ser autêntico, sem ser importunado. Gosto de andar nas praças, sentar no Terminal Fluvial Turístico, o TFT e ficar olhando as pessoas, conversando fiado com minha mulher. O rádio nos dá uma sensação de domínio do público. A conversa ao telefone, ao vivo, manipulada pelo comunicador, transformando opiniões, formando idéia de coisas, política e fatos.
Às vezes manipulo as opiniões, faço perguntas que levam o interlocutor a responder o que quero. Não é justo, mas é uma coisa do rádio. NA TV NÃO PODE, mas no rádio tudo pode. Ultimamente temos alguns concorrentes imediatos, como celular e a internet. O twiter, o blog e os portais da vida, repassam infrormações de forma bem rápida, mas pouco confiáveis. Esses meios são muito pessoais. Tem dono que é uma pessoa normal, com direitos politicos e opinião quase formada. O rádio continua lider no tempo real. É gostoso chegar em algum lugar, passar a informação e pronto. Já foi, já divulgou, é como abrir a janela do seu quarto e falar: a cidade está cheia de buracos. Todo mundo entende. Tenho feito algumas matéria produzidas para a tv, do tipo, JT Comunidade, mas ficam longe de ser um material bom. Apenas médio. Mas é isso aí, o rádio continua campeão, é uma pena que financeiramente, está cada vez mais dificil bons profissionais com exclusividade no rádio. Nos últimos 10 anos não tem aparecido novos radialistas com talento. As faculdades não formam bons radialistas. As novidades estão vindo de fora, tipo Altamira, Itaituba e Amazonas. So pra voce ter uma idéia, o melhor narrador esportivo continua sendo o Ivaldo Fonseca, 20 anos na profissão. Tenho me preocupado também com os repórteres de tv. Poucos estão surgindo nas faculdades com gosto para a profissão. A maioria que está hoje na tv é apenas para ganhar expriencia ou encontrar um novo emprego. Vejo também uma forte tendencia a profissão de Assessoria de Comunicação. Pouco trabalho e salários bons.

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