sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Mutilados do Trânsito

Ontem me dei conta que a situação do trânsito em Santarem é cada vez pior. Ao ver um policial militar com a perna decepada, parei para pensar quanta gente vai ficar assim até o ano de 2010? São incontáveis acidentes de trânsito envolvendo motoqueiros, que agente nem registra mais na imprensa. Somente os mais graves, com feridos e mortes, focamos nossas cameras.
Um estudante universitário indo para o Campus e um Policial militar vindo do futebol. 18:45 de quinta-feira, 22 de outubro, e o choque frontal entre os veículos. De repente uma perna decepada, separada em duas parte, por um pará-choque de carro. Deveria haver uma lei proibindo os motoqueiros de andarem sem proteção nas pernas, costas, braços e cabeça. Fui para casa com aquela imagem na cabeça. Será que um dia vai acontecer comigo também? Ando de moto. Aprendi a dirigir por mim e pelos outros, mas acidentes acontecem. A vida está por um fio para quem anda de moto. Ninguém respeita voce e de vez em quando, uma batida forte, naquela esquina onde voce passa todos os dias. O jeito é ir com cuidado, ligado, olhando para as tres dimensões, sem piscar, porque numa piscada, seu corpo pode ir parar no asfalto. Corpos nos asfalto são comuns. Acidentes ocorrem a todo momento. A maioria simples batidas, com prejuizos materiais. Mas todos os dias ocorrem também acidentes graves e fatais. O último que registrei foi na Rodovia Fernando Guilhon, logo após o viaduto. Um casal. Uma discussão, talvez comum entre os dois no Risca Faca. Quase madrugada. De repente uma arrancada. O vento frio entrou pela janela da picape Saveiro. O carro, bastante usado, subiu e desceu o viaduto. No volante o namorado, ao lado da namorada, dirigia em alta velocidade e em frames, o carro bateu no meio fio. A morte em segundos. Um corpo no asfalto, a espera do IML por mais de duas horas. Tragédia prevista? Uma família de luto. O carro destruído era o ganha pão do pai do rapaz. É um exemplo, mas quem quer saber de exemplos?

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