terça-feira, 31 de março de 2009

Ministro passa por Santarém em direção ao garimpo

É isso mesmo, o Ministro Mangabeira Unger, seguiu hoje pela manhã para Itaituba e depois para o garimpo do Cripurizão. Em companhia do Ministro seguiram a governadora, deputado Asdrúbal Bentes, relator da MP da Regularização Fundiária, Vice-Governador, Odair Correa, Secretário Municipal de Planejamento, Everaldo Martins Filho e outros políticos da região. A Comitiva retorna ao meio dia do Garimpo e almoça em Itaituba. As 14:00 entrevista coletiva com a imprensa. É bom lembrar que o Ministro Extraordinário para Assuntos Estratégicos da Presidencia da República ( nome bonito hein!) não resolve os problemas da região a curto prazo, mas a longo prazo, digamos 10 anos pra frente. A curto prazo só a matéria dos repórteres globais José Rodrigues e Cassiele Rangel, que acompanham a comitiva.

segunda-feira, 30 de março de 2009

Barco vira no Porto da Praça Tiradentes

O Barco motor Esplendor naufragou ontem a tarde no porto improvisado da Praça Tiradentes. A capitania dos Portos abriu inquérito para apurar o incidente. Não houve vitimas. Segundo o Comte. do Barco, apenas quatro pessoas estavam a bordo na hora do naufrágio. Os ventos fortes de cima causaram ondas que provocaram o incidente.

Povo das águas

barco e casas, um conjunto fotográfico





Grande parte da população que habita a Amazônia, vive nas águas. Eu faço parte desse povo das águas. Nasci no Paraná de Parintins. Para você ter uma idéia, é um local parecido com o Ituqui. Nesse panorama de várzeas, milhares de pessoas trabalham nas terras férteis, irrigadas pelo rio Amazonas. O gigante de águas barrentas mantém vivos os povos da Amazônia. De Julho a maio é o período da enchente. Além da subida das águas, chegando ao nível dos assoalhos das casas, as chuvas são constantes. Veja as fotos tiradas pela colega de blog Alciane. Ela é natural do Guajará, as margens do Rio Amazonas.

Ventos de Cima




Entenda um pouco sobre Ventos de Cima. São Temporais médios ou Fortes, que sopram em direção Oeste / Leste neste mês de abril. Provocam grande problemas para quem mora as margens dos Rios Amazonas e Tapajós. Este ano chegaram mais cedo. Hoje o tempo mudou desde cedo. Logo pela manhã o vento começou a soprar de cima. Às vezes duram dois ou três dias. Levantam ondas fortes no Tapajós. No Amazonas, nem tanto, mas aumentam a velocidade do Rio, que vai de 07 a 10 nós por hora, mais rápido que um barco pequeno. Nessa velocidade incrível, leva grandes tóras de madeira rio abaixo, às vezes, essas tóras adentram os igarapés, encostam nos portos, arrastam barcos e canoas, causando estragos. É preciso ficar atento, amarrar bem a montaria, porque se não, supresa: pela manhã a canoa está longe. Os donos de barcos conhecem bem essa rotina e amarram suas embarcações em locais seguros, protegidos das ondas. O Igarapé-Açu, onde morei por cinco anos é um porto seguro. Mas neste periodo do ano, quando os ventos sopram de cima, ninguém está seguro. As ondas batem forte nas casas de madeira. Sabe, daria até para fazer uma reportagem para tv. Vamos mostrar como as pessoas que moram nos rios, sofrem neste período. É só aproveitar um vento forte de cima. Minha avó dizia, que o vento de cima também trás doenças, como a varíola, o empaludismo, a febre tifóide. Talvez seja apenas uma crendice popular, mas não duvido nada. Porque até o talha mar vai embora da região, volta para sua casa na Patagônia. As revoadas vão aos poucos sumindo no horizonte. Para onde irão todos os pássaros? Com certeza para bem longe, em busca de abrigo e alimento, aqui está mais dificil. Dificil até para o pescador experiente. Mesmo gapongando horas em baixo do socorózeiro, nem sempre consegue o alimento para sua família.
Precisa ter paciência... para conviver com a natureza. O Rio Tapajós está na mesma marca do final do mês de maio do ano passado. E faltam apenas 35 cm para atingir o pico máximo da enchente grande 2006. Ainda temos o mês de abril todinho para os rios subirem.

Meu amigo Bena

Bena Santana, 30 anos de rádio.
Um verdadeiro Dinossauro.

Pantera 1 x 2 Papão




O resultado foi justo. O São Raimundo jogou mal no primeiro tempo. O Paysandu soube aproveitar as oportunidades com Zé Augusuto, que mostrou experiência e oportunismo para cavar o primeiro e fazer o segundo de cabeça. Já o São Raimundo sentiu a falta do meio campista experiente, Trindade, que estava fora por causa do terceiro cartão. A bola não chegava no Hélcio que foi substituído no segundo tempo. A entrada de Tinha deu mais velocidade no jogo pela direita e foi dele o gol do São Raimundo, mas o empate não veio. No segundo tempo o Pantera ainda perdeu várias oportunidades de marcar. Ainda foi expulso Wallace do Paysandu e o técnico da equiupe entrou em campo para agredir o juiz. Fez um jogo de cena e parou o jogo por mais de cinco minutos. Isso tudo de caso pensado para parar o jogo e esfriar o Pantera que precissionava para empatar. Isso faz parte do jogo. O extra campo também faz e tira pontos e o Paysandu soube ganhar em Santarém e tirar a invencibilidade do time da casa. Ainda houve o lance do bandeirinha, Laurimar Baia, que apresentou três pedras na mão ao árbitro da partida, na tentativa de prejudicar. Mas quem está de parabéns é a torcida que deu um show. Foram mais de 16 mil torcedores. Valeu Galera dos Lourcos pelo Pantera.

sexta-feira, 27 de março de 2009

Alter em Baixa Temporada

Estive em Alter do Chão hoje pela manhã. Passei pela rodovia Everaldo Martins e notei que houve uma operação tapa-buracos. Mas só até o retão do Campo Novo. No pior trecho da estrada, antes de subir a serra do São Brás, a situação é dificil. Porquê será que não concluíram os trabalhos?
Cheguei a Vila balneária e vi: pouca gente nas ruas, pousadas fechadas, lanchas paradas e catraieiros sem trabalho. É a Baixa Temporada de Turistas. Os de Manaus estão enfrentando a crise e as passagens caras de avião. Os daqui, sabem que a estrada é só buracos. A enchente está a um palmo de subir as calçadas do cais de arrimo. Mas me deu pena mesmo, ver as barracas da ILha do Amor. Todas dentro dágua e com o nível do Lago Verde chegando a cobertura de palha. Conversei com John Lennon, nosso Guia Turístico, reclamou da situação: por aqui a gente vai enfrentando uma barra, ( ele é do Aritapera) ninguém quer andar de lancha. Até os turistas estrangeiros falam em craise, creise, crise. Minha pousada ecológica está vazia. Nem em 2006 Alter do Chão ficou assim. Vários guias já saíram do setor e eu estou vendendo algumas coisas para aguentar a barra, concluiu. E eu que imaginei estar em crise, retornei a Santarém e abri um sorriso ao chegar a TV. Tô bem, muito bem.